Um estudo divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) na segunda-feira (10) elogia a reforma tributária brasileira, destacando seu potencial para aumentar a competitividade da economia e atrair mais investidores. O documento, intitulado "The Reform of Brazil's Consumption Tax System", analisa o impacto positivo das mudanças propostas. A reforma substitui cinco impostos principais sobre o consumo por um novo sistema de Imposto sobre Valor Agregado (IVA), composto por um IVA federal e um IVA estadual e municipal, ambos regidos por normas comuns. Essa mudança visa tornar a tributação mais justa e transparente, simplificando o sistema atual. ## Detalhes da reforma tributária De acordo com o estudo, a unificação dos IVAs sob as mesmas regras permitirá a padronização de operações tributáveis, regime de isenções e créditos de imposto, reduzindo complexidades e distorções do sistema vigente. Para a reforma alcançar seus objetivos, será essencial uma interpretação consistente das normas em todas as esferas administrativas. > “Essa reforma representa grande promessa para um ambiente econômico mais competitivo e favorável aos investidores no Brasil”, destaca o documento. A OCDE reforça que a uniformização da base de cálculo do IVA entre os governos federal, estadual e municipal é crucial, impedindo que cada entidade introduza variações, o que poderia minar a eficácia da reforma tributária. ## Expectativas e desafios futuros A implementação bem-sucedida do novo sistema de IVA exigirá o estabelecimento de um entendimento padronizado para a interpretação das normas. A OCDE adverte que permitir regulamentações individuais para cada estado e município criaria inconsistências, prejudicando o propósito de simplificar a tributação no Brasil. > “Para o sucesso da reforma tributária brasileira, será crucial garantir a consistência na interpretação das normas comuns aplicáveis aos dois IVAs”, afirma o documento. A reforma tributária brasileira, portanto, aponta para um futuro em que a simplificação e padronização dos tributos sobre consumo poderão dinamizar a economia e atrair mais investimentos, constituindo um passo significativo na modernização fiscal do país.