A proposta de classificar facções criminosas como organizações terroristas no Brasil está em pauta e gera preocupações quanto à influência e possível intervenção dos Estados Unidos na América Latina. Em tramitação na CCJ da Câmara dos Deputados, o PL 1.283/2025 pode ter impacto significativo na política externa do país, especialmente após operações policiais recentes no Rio de Janeiro. Especialistas, como Walter Maierovitch, alertam sobre a diferença entre ações criminosas voltadas ao lucro e atos terroristas de cunho político. A definição imprecisa do termo "terrorismo" pode levar a análises equivocadas e justificar intervenções militares, como apontado pela pesquisadora Rashmi Singh ao lembrar a invasão do Iraque e as controvérsias de Guantánamo. A preocupação se intensifica com a possibilidade de legitimização de bases militares dos EUA na América Latina sob a justificativa de combate ao "narcoterrorismo". Enquanto autoridades brasileiras como Ricardo Lewandoviski destacam os objetivos financeiros das facções, pressões políticas internas e externas permanecem intensas, revelando um debate complexo sobre soberania e alinhamentos geopolíticos.