Mirim assediada por professor passa por crises psicológicas com frequência

Adolescente de 17 anos, que procurou a Polícia Civil para registrar um boletim de ocorrência contra um professor de uma instituição devido a assédios, em Campo Grande, relatou que os episódios trouxeram problemas, crises e até tentativas de tirar a própria vida.

O caso está em investigação pela Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente).

A mirim, apesar de todos os problemas desencadeados, aceitou falar com o TopMídiaNews e expôs do início ao fim as situações vivenciadas no ambiente. O que era tido como um sonho, virou um pesadelo na memória da vítima, que jamais imaginou que fosse tudo aquilo.

"Antes era meu sonho, mas depois que eu entrei, era totalmente diferente que imaginei que fosse", disse a adolescente, que terá seu nome preservado em virtude do estatuto do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

Por telefone, a vítima, acompanhada da mãe, explicou que o professor tinha os dois lados da moeda, pois a "tratava bem", dizendo como era possível ter "uma morena bonita dessa na minha banda", mas também tinha seu lado enérgico e agressivo, em que a xingava, falava alto e que dizia ter armas em uma propriedade rural.

Os assédios começaram no final do ano de 2021, quando a vítima tinha 15 anos, pouco tempo depois que a adolescente ingressou na escola. Mas eles se intensificaram nos meses posteriores, com chamados para supostas conversas de trabalho na sala trancada. "Ele elogiava, passava a mão nas pernas, nas costas, alisava o cabelo e as situações se estendiam até abraços na frente de outras alunas", comentou a vítima.

No entanto, o lado agressivo também aparecia e foi este o causador de problemas e crises na vida da mirim, atualmente afastada e com medida protetiva contra o professor. A adolescente contou que o suspeito chegou a trocar ela de instrumento, como uma forma de 'castigo', mas as atitudes iam além, com gritos, xingamentos e até batidas na cabeça das alunas com as baquetas.

Diante dos assédios e das ofensas, a mirim acabou sofrendo problemas que a levaram a ter muitas crises, tentativas de tirar a própria vida e que tudo isso gerou o início do tratamento psiquiátrico no CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) Juvenil.

Fonte: Topmídia News
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