O presidente do Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejo) de Três Lagoas, Sueide Silva Torres, destacou o aumento no uso de atestados médicos por funcionários do setor. Segundo ele, a alta frequência desses documentos tem prejudicado a operação de estabelecimentos comerciais, especialmente supermercados e lojas de magazine, com reflexos financeiros e logísticos.
Dois empreendimentos registraram 300 atestados entre janeiro e fevereiro deste ano, média de 150 afastamentos mensais. O Sindivarejo, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, alerta que o excesso de licenças compromete a produtividade, agravando desafios econômicos já existentes.
Um estudo da prefeitura, realizado com as secretarias de Saúde e de Desenvolvimento Econômico, analisou atestados emitidos para funcionários de um supermercado em novembro e dezembro de 2024. Os resultados indicaram que 37% vieram de clínicas particulares, 36% da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), 15% das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e 12% do serviço de telemedicina TeleUPA. A administração ampliou a análise para três outras grandes empresas, visando mapear os primeiros meses de 2024.
Enquanto isso, o Sindivarejo e a prefeitura buscam equilíbrio entre direitos trabalhistas e sustentabilidade empresarial. A secretária municipal de Saúde, Elaine Fúrio, reforçou que o TeleUPA segue destinado a casos não urgentes, para desafogar as UPAs físicas, e que o diálogo com o sindicato continua. Torres, por sua vez, mencionou relatos de profissionais de saúde que perguntam a pacientes quantos dias de licença desejam, prática que pode facilitar solicitações sem necessidade clínica.
Mín. 21° Máx. 29°