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Mortalidade materna atinge desproporcionalmente mulheres rurais e comunidades pobres, aponta estudo

O relatório ressalta que, apesar dos avanços na saúde materna nas últimas décadas, a desigualdade persiste, colocando em risco a vida de milhares de mulheres todos os anos

14/05/2023 às 12h00
Por: Redação Fonte: Metropolitana MS
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(Imagem: Reprodução)
(Imagem: Reprodução)

Em meio aos avanços e conquistas na área da saúde materna, um cenário preocupante continua a se desenrolar: a mortalidade materna desproporcionalmente alta entre as mulheres rurais e comunidades pobres. Apesar dos esforços para reduzir as mortes relacionadas à gravidez e ao parto, essas disparidades persistem e são uma ação urgente.

Um estudo recente divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que a mortalidade materna afeta de maneira desproporcional as mulheres que vivem em áreas rurais e em comunidades de baixa renda. O relatório ressalta que, apesar dos avanços na saúde materna nas últimas décadas, a desigualdade persiste, colocando em risco a vida de milhares de mulheres todos os anos.

O estudo aponta que as mulheres em áreas rurais e comunidades pobres muitas vezes enfrentam barreiras significativas para acessar cuidados de saúde de qualidade durante a gravidez e o parto. Essas barreiras incluem a falta de infraestrutura de saúde, a falta de profissionais de saúde qualificados, custos proibitivos e a distância dos centros de saúde. Além disso, a falta de educação e informações precisas sobre saúde reprodutiva também contribui para a alta taxa de mortalidade materna nessas comunidades.

A OMS pede ações urgentes para enfrentar essas desigualdades. As recomendações incluem o investimento em infraestrutura de saúde nas áreas rurais, a formação e distribuição de profissionais de saúde nessas áreas, a garantia de serviços de saúde materna gratuitos ou de baixo custo, e a promoção de programas de educação sobre saúde reprodutiva.

A mortalidade materna é uma questão crítica de saúde pública e direitos humanos. Toda mulher tem o direito de viver e manter sua saúde durante a gravidez e o parto. A OMS insiste que é essencial uma ação coletiva para garantir que todas as mulheres, independentemente de onde vivam ou de sua situação socioeconômica, tenham acesso a cuidados de saúde materna de qualidade.

 

Desigualdades socioeconômicas agravam impacto da saúde no Brasil

As desigualdades socioeconômicas no Brasil continuam a ser um fator significativo que afeta a saúde e o bem-estar da população. Em particular, comunidades pobres e vulneráveis são desproporcionalmente afetadas por problemas de saúde, incluindo altas taxas de mortalidade materna, doenças infecciosas e crônicas, e acesso limitado a cuidados de saúde de qualidade.

A disparidade é resultado de uma série de fatores interligados, incluindo pobreza, educação limitada, falta de acesso a saneamento básico e nutrição adequada, e acesso insuficiente a cuidados de saúde preventivos e tratamentos médicos.

Além disso, a distribuição desigual de recursos de saúde, onde os serviços de saúde são frequentemente concentrados em áreas urbanas e mais ricas, deixa muitas comunidades pobres e rurais desassistidas. A falta de profissionais de saúde nessas áreas, juntamente com a falta de infraestrutura de saúde adequada, agrava ainda mais esses problemas.

Os desafios de saúde que as comunidades pobres enfrentam no Brasil não são apenas problemas médicos, mas também questões de justiça social e econômica. A saúde é um direito humano fundamental, e o acesso a cuidados de saúde de qualidade não deve ser determinado pelo status socioeconômico.

Para combater essas desigualdades, é necessária uma abordagem abrangente que não apenas melhore o acesso a cuidados de saúde de qualidade, mas também aborde os determinantes sociais da saúde. Isso inclui investir em educação, melhorar o acesso a alimentos saudáveis e água potável, promover condições de moradia adequadas e garantir que todos, independentemente de sua renda, possam ter acesso a cuidados de saúde quando precisarem.

Essas desigualdades têm ramificações de longo alcance, afetando a qualidade de vida e a expectativa de vida das pessoas nessas comunidades. Como nação, o Brasil deve se esforçar para garantir que todos os seus cidadãos tenham a oportunidade de viver uma vida saudável e produtiva.

 

 

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