Ao longo dos últimos anos a opção por porto normal ou natural ganhou proporção maior e tem sido a escolha de grande parte das gestantes. Ter ao lado uma obstetra e até uma doula em alguns casos, é significado de segurança e suporte não só físico, mas emocional. Dados do último Censo de Demografia Médica do Brasil apontam que os ginecologistas obstetras representam cerca de 6,5% de todas as 55 especialidades médicas, correspondendo a uma das maiores taxas mundiais.
Com a chegada do desejo de gerar um filho, surgem também dúvidas sobre a escolha mais adequada do procedimento a seguir no momento do nascimento do bebê tão esperado. A médica e professora do curso de Medicina da Uniderp, Danielle Scarpin, aponta fatores importantes a se pensar na hora da decisão. “O acolhimento e a assistência não estão presentes apenas nos partos normais. Garantir a segurança durante o nascimento envolve experiência profissional médica para orientar a paciente quanto ao melhor procedimento e confiança, entre outros fatores tão importantes. É por isso que o pré-natal é fundamental na redução de riscos que possam surgir na hora do nascimento do filho tão esperado. Não existe um parto ideal a ser indicado, já que as reações do corpo são decisivas e podem não estar de acordo com o que a gestante sonhava para o momento. Mas a prioridade é sempre a preservação da vida”, aponta a médica.
A especialista destaca, ainda, que o melhor parto é aquele avaliado como mais viável para cada caso. Para que haja redução do número de cesarianas desnecessárias é preciso uma alteração cultural.
O parto humanizado consiste na assistência à mulher em todas as etapas. O acolhimento para a realização de um procedimento seguro e respeitoso, reduz a taxa de mortalidade materna e perinatal e promove a saúde das mães e do recém-nascido. A saúde de qualidade, assistência digna, bem como a integridade física, psicológica, livre da violência e discriminação, é um direito de todos.
A professora diz que durante o acompanhamento com especialista da área, são explicados os riscos e benefícios de cada via de parto. Nas consultas, a futura mamãe e seu(a) obstetra conversam sobre as condições adequadas para realizar o parto vaginal (normal), ou as indicações de uma cesárea. Isso ocorre ao longo do pré-natal, com o acompanhamento e a evolução da gestação, priorizando sempre o bem-estar.
Para finalizar, a médica enfatiza a importância da boa relação entre médica e paciente, fundamental para estabelecer diálogo e planejamento, além de fortalecer a confiança.
Com informações Comunicação Uniderp
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