Este 21 de maio é o Dia Internacional do Chá. O produto milenar contribui para a saúde, a cultura e o desenvolvimento socioeconômico de vários países e regiões.
De acordo com a ONU, o setor é fonte de renda direta para mais de 13 milhões de pequenos produtores e lares, que concentram 60% da produção mundial, sendo a China, Índia, Quênia e Sri Lanka, o antigo Ceilão, os quatro principais produtores.
A data também é uma oportunidade para atores globais, regionais e nacionais assegurarem que o setor do chá continuará desempenhando um papel na redução da extrema pobreza. O comércio do produto também ajuda a combater a fome e a salvaguardar os recursos naturais.
Em 2020, o movimento global na compra e venda do chá ficou afetado pelas medidas de combate à Covid-19. Mesmo assim, por causa do confinamento social, o consumo doméstico da bebida cresceu 75% em alguns países. Após a água, o chá é a bebida mais consumida no mundo.
Cuidados para não transformar o consumo de chá em algo perigoso
No Brasil, o consumo de ervas medicinais já está enraizado no cotidiano, herança das culturas quilombolas, indígenas e ribeirinhas, que possuem um rico conhecimento sobre a flora do país. Seja pelo baixo custo, seja pela força dessas tradições, as infusões com ervas se tornaram uma prática corriqueira, a ponto de se tornarem um risco em potencial.
Quando utilizadas sem conhecimento da espécie da planta, sem controle da dose e de forma constante, podem causar inflamações no organismo, especialmente nos órgãos do sistema digestivo. Assim, sintomas como mal-estar, enjoo, vômito e diarreia podem aparecer.
A seguir, veja alguns hábitos que devem ser evitados para que o seu consumo de chás e ervas seja saudável e sem riscos.
1. Cuidado com uso com fins terapêuticos: se a ideia é utilizar como tratamento, é preciso passar por uma avaliação médica.
2. Evite uso como substituição de água: beber uma infusão de ervas deve ser uma prática pontual: você toma uma xícara e acaba. Não se deve tomar chás o dia todo —seja de uma erva só ou variando—, porque a bebida não substitui a ingestão de água.
3. Não beba chá para emagrecer: o emagrecimento com saúde não acontece à base de chás ou cápsulas de ervas.
4. Cuidado com os "superalimentos": alguns alimentos se tornam populares pelas promessas que trazem, e acabam ganhando o nome de "superalimentos". É o caso do hibisco, da cúrcuma, da maca peruana e de outras substâncias vendidas tanto para infusões quanto em cápsulas.
5. Não beba ervas sem saber sua procedência: tudo que se compra e não há um controle de qualidade se torna um risco, pois pode haver contaminantes. Ao comprar ervas na feira ou em supermercados, é importante observar se estão higienizadas.
6. Não ferva as ervas por muito tempo: as infusões devem ser preparadas com água quente, sem manter a erva em altas temperaturas por tempo prolongado, para evitar a perda de parte dos ativos da planta e conseguir aproveitar integralmente suas propriedades.
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