No dia 24 de maio, comemora-se o Dia da Arma de Infantaria, tão antiga quanto a própria guerra. Caracterizada, desde o início, pelo combate aproximado, ela tem evoluído e se mostrado indispensável aos conflitos atuais, comprovando, assim, o porquê de ser denominada "Rainha das Armas".
O Dia da Infantaria é comemorado no dia 24 de maio pois é na data do aniversário do seu patrono, Antônio de Sampaio. Sampaio passou por diversos cargos no Exército, foi de alferes a brigadeiro, e por ter dedicado toda sua vida a Infantaria. Em 1940 ele foi declarado o Patrono da Arma de Infantaria do Exército Brasileiro.
Aos vinte anos, alistou-se como voluntário nas fileiras do 22º Batalhão de Caçadores (Fortaleza-CE), tendo recebido seu batismo de sangue em combate travado nas ruas de Icó e S. Miguel com tropas contrárias à abdicação de Dom Pedro I.
Teve destacada atuação em diversas campanhas de manutenção da integridade territorial brasileira durante o período imperial, como: Icó (CE), em 1832; Cabanagem (PA), em 1836; Balaiada (MA), em 1838; Guerra dos Farrapos (RS), em 1844-1845; Praieira (PE), de 1849 a 1850; Combate a Oribe (Uruguai), em 1851; Combate a Monte Caseros (Argentina), em 1852; e a Tomada de Paissandu (Uruguai), em 1864.
Durante a Guerra da Tríplice Aliança (1865-1870), o já Brigadeiro Antônio de Sampaio comandou a 3ª Divisão do Exército Imperial, a lendária “Divisão Encouraçada”. Composta pelos Batalhões “Vanguardeiro”, “Treme-Terra” e “Arranca-Toco”, a “Encouraçada” destacou-se em muitos combates durante a guerra. Na Batalha de Tuiuti, no dia de seu aniversário, o patrono da Infantaria foi ferido três vezes; apenas após o terceiro ferimento, que o atingiu nas costas, deixou o campo de batalha para alguns dias depois, ingressar na eternidade dos heróis da Pátria.
Exemplo notável de bravura, amor à profissão, coragem, patriotismo e lealdade, que o eternizaram como o “bravo dos bravos” de Tuiuti, tornou-se, por mérito inconteste, Patrono da Arma de Infantaria do Exército Brasileiro pelo Decreto nº 51.429, de 13 de março de 1962.
Caracterizada por uma rigorosa disciplina e organização, originária desde antes dos gregos, com suas falanges, e dos romanos, com as suas legiões, a Infantaria personifica a essência do combate terrestre. Seu brasão, composto por dois fuzis cruzados e uma granada de mão ao centro, faz referência às principais armas do infante e remonta à época em que um Batalhão de Infantaria era composto por duas Companhias de Infantaria e duas de Granadeiros.
Tem como missão principal conquistar o terreno, aproveitando a capacidade de progredir em pequenas frações, de difícil detecção, com grande flexibilidade, adaptabilidade e mobilidade táticas, buscando cerrar sobre o inimigo, inclusive no combate corpo a corpo, para capturá-lo, neutralizá-lo ou destruí-lo.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária desempenhou um papel fundamental na conquista dos objetivos no teatro de operações da Itália, particularmente nas decisivas vitórias de Monte Castello, Castelnuovo e Montese, quando o valor do infante brasileiro foi evidenciado. Heróis como o Sgt Max Wolff Filho e o Aspirante Francisco Mega são lembrados e cultuados por seus valores, atributos e atitudes inerentes ao verdadeiro integrante da “Rainha das Armas”.
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