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Número de crianças e adolescentes que se matam não para de crescer

Aumentam registros de automutilações, depressão e suicídio entre crianças e jovens

17/09/2023 às 06h00 Atualizada em 18/09/2023 às 10h03
Por: Redação Fonte: Metropolitana MS
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(Imagem ilustrativa)
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O suicídio é a quarta principal causa de morte na faixa etária entre 15 e 29 anos, mas o número de crianças de 5 a 14 anos que atentam contra a própria vida no Brasil e no mundo, não para de crescer, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Desde 2003, 10 de setembro é marcado como o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, e no Brasil, a campanha Setembro Amarelo iniciou há cinco anos. O objetivo da campanha é sensibilizar a população e promover a conscientização sobre a importância da prevenção do suicídio.

O relatório ‘Situação Mundial da Infância 2021’ revela que quase um em cada seis jovens brasileiros, entre 10 e 19 anos, enfrenta algum tipo de transtorno mental. Essa parcela da população está mais vulnerável a automutilações, depressão e, em casos extremos, ao suicídio.

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No Brasil, cerca de 12 mil vidas são perdidas anualmente para o suicídio. Esses números colocam o país atrás apenas dos Estados Unidos nessa estatística. De acordo com dados do Ministério da Saúde, nos últimos quatro anos, a maioria das vítimas brasileiras de suicídio é composta por homens, negros, com idades entre 10 e 29 anos.

 

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Consequências da saúde mental precária

A saúde mental é um componente vital para o bem-estar e desenvolvimento de crianças e jovens. Uma saúde mental precária pode ter efeitos profundos no desempenho escolar e no desenvolvimento de habilidades socioemocionais, o que, por sua vez, influencia diretamente a trajetória desses futuros adultos.

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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão é a principal causa de incapacidade entre adolescentes, e os transtornos de ansiedade estão se tornando cada vez mais comuns em crianças em idade escolar. Fatores como pressão acadêmica, exposição precoce a tecnologias e mudanças familiares têm contribuído para esse cenário.

A qualidade de vida e a relação com os responsáveis desempenham um papel crucial na saúde mental infantil. A violência, incluindo o bullying e pais severos, bem como os problemas socioeconômicos, são identificados como riscos significativos.

Crianças e adolescentes são particularmente vulneráveis à violência sexual, fator que está diretamente associado a problemas de saúde mental. Alguns grupos enfrentam riscos adicionais, como ambientes de crise humanitária, condições de saúde crônicas ou transtornos neurológicos, órfãos e membros de minorias étnicas.

As crianças com condições de saúde mental também enfrentam desafios significativos, incluindo a exclusão social, discriminação e dificuldades no aprendizado. O estigma em torno da saúde mental pode dificultar a busca por ajuda, levando a consequências graves para sua saúde de futuros adultos

É fundamental promover ações que incluam o fortalecimento da rede de apoio às crianças e adolescentes, a promoção de ambientes seguros e inclusivos, e o acesso facilitado a serviços de saúde mental de qualidade. O Setembro Amarelo é uma oportunidade para mobilizar esforços e conscientizar a sociedade sobre a importância de proteger a saúde mental das futuras gerações.

 

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