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Cerca de 1/3 das mortes de mulheres é causada por doença cardiovascular

O coração feminino tem mais predisposição a apresentar diversas patologias silenciosas e perigosas

17/09/2023 às 11h00
Por: Redação Fonte: Comunicação Hcor
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Foto: Imagem Ilustrativa
Foto: Imagem Ilustrativa

Nos últimos anos, tem-se falado muito que as doenças cardiovasculares são a principal causa de óbito no Brasil e no mundo. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), são contabilizadas mais de 1,1 mil mortes diárias decorrentes de alguma patologia do coração. Porém, quando se compara aos homens, verifica-se que as mulheres têm maior predisposição para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

Segundo o estudo WISE (Women's Ischemia Syndrome Evaluation - em português, Avaliação da Síndrome de Isquemia Feminina), em geral, 1/3 das mulheres vai a óbito por doenças cardiovasculares. Dessas, 47% são em decorrência de doenças coronarianas, também conhecidas como infartos. Dentre as mais comuns, estão: INOCA (Isquemia na Ausência Obstrutiva Arterial Coronariana), MINOCA (Infarto do Miocárdio na Ausência Obstrutiva Arterial Coronariana) e Vasoespasmo Coronariano.

"O estudo WISE nos mostra que mais de 60% das mulheres que chegaram ao pronto-socorro com queixa de dor no peito não possuíam obstrução, o que, às vezes, leva a um diagnóstico errôneo. Desta forma, elas acabam sendo liberadas mais cedo do que o recomendado", explica a Dra. Salete Nacif, cardiologista do Hcor. De acordo com o Colégio Americano de Cardiologia, as mulheres com alguma das patologias citadas têm 4 vezes mais chances de reinternação em até 180 dias. "Isso quando não evolui para arritmias e até mesmo para a morte súbita", completa.

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Ainda de acordo com a cardiologista, o problema ocorre porque os mecanismos do infarto podem ser transitórios e não obstruir nenhuma artéria coronária, o que exige exames para diagnóstico mais complexos, como ressonância magnética cardíaca, testes com acetilcolina intracoronária e angiografia coronariana. Também é importante descartar outras possibilidades de patologias cardiovasculares, como miocardite, embolia pulmonar e cardiomiopatia, pois a chance de as doenças serem parecidas é muito grande.

"As mulheres possuem particularidades que as tornam mais suscetíveis a apresentar diversas doenças cardiovasculares, como artérias mais finas, oscilação hormonal, gravidez e a própria predisposição genética. Geralmente, afetam mulheres acima dos 60 anos, mas, nos últimos anos, temos visto um crescimento significativo na faixa dos 40. Por isso, é fundamental realizar acompanhamento de rotina e, ao sentir qualquer sintoma cardíaco, procurar um atendimento médico de urgência", alerta.

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Prevenção de doenças cardiovasculares em mulheres

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Além de cessar comportamentos já conhecidos que contribuem para o aumento de doenças cardiovasculares, como tabagismo, sedentarismo e estresse, existem outras formas de prevenção, como o tratamento dos fatores de risco específicos da mulher.

É essencial, juntamente com a redução dos potencializadores, que a avaliação médica seja realizada periodicamente. "Para diminuir a chance do desenvolvimento dessas doenças, também deve-se evitar o uso de drogas ilícitas, anfetaminas, álcool e medicamentos em excesso para enxaquecas", conclui.

 

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