16 de setembro é o Dia Nacional do Caminhoneiro. A profissão é uma das mais desafiadoras e fundamentais para uma economia global. Os caminhoneiros são responsáveis por manter as mercadorias circulando pelas estradas.
Mas, a rotina dos caminhoneiros é intensa. Para se ter noção, uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) indicou que eles chegam a rodar mais de 9 mil km por mês e a trabalhar 11,5 horas por dia e 5,7 dias por semana.
A luta contra o cansaço é uma batalha constante. Muitos caminhoneiros, na tentativa de cumprir prazos apertados, recorrem a substâncias ilícitas e medicamentos à base de anfetaminas, para se manterem acordados por mais tempo. Conforme a pesquisa, quase 25% dos caminhoneiros já experimentaram algum ilícito.
Gráfico - (Fonte: Confederação Nacional do Transporte)
Entre os pontos negativos da profissão estão o fato de ela ser perigosa/insegura, desgastante e de o convívio familiar estar comprometido. Mesmo assim, os caminhoneiros ainda relatam vários pontos positivos no trabalho, como conhecer cidades e países, ter a possibilidade de conhecer pessoas e possuir horário flexível.
Mato Grosso do Sul
Em Mato Grosso do Sul, segundo dados do Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTR-C), são 12.556 caminhoneiros autônomos cadastrados em todo o Estado. O número de profissionais registrados teve aumento de 7,7% de setembro de 2022 para junho de 2023.
Só em Campo Grande houve um aumento de 250 caminhoneiros registrados dentro desse período, saltando de 2.582 para 2.832. Dourados, por exemplo, saiu de 1.292 para 1.384.
Importância da categoria
A pesquisa da Confederação Nacional do Transporte também identificou que mais da metade das cargas transportadas por aqui acontece pelas rodovias, sob a responsabilidade deles. Em países como o Canadá, por exemplo, o número não chega a 10%.
Outra prova da importância da categoria para o país pôde ser vista e sentida durante a greve ocorrida em 2018, onde as estradas foram bloqueadas por 11 dias, impedindo que toneladas de alimentos pudessem chegar ao destino.
Nesses dias também faltou combustível, as vendas caíram 0,6%, a indústria desacelerou sua produção em mais de 10%, e o Produto Interno do Bruto (PIB) foi afetado, causando uma repercussão não só econômica, mas política e social. Estima-se que os prejuízos chegaram à casa dos R$ 16 bilhões.
Com tamanha importância, era de se esperar que uma data fosse dedicada em reconhecimento ao trabalho dos caminhoneiros. O Dia Nacional do Caminhoneiro foi oficialmente decretado com a Lei Federal n° 11.927, de 17 de abril de 2009, assinada pelo então vice-presidente no exercício do cargo de Presidente da República, José de Alencar Gomes da Silva.
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