Domingo, 07 de Dezembro de 2025

Governo de MS Projeta Empréstimo Bilionário para Obras, Deputado Catan Cobra Transparência

Projeto de Lei busca quase um bilhão de reais em empréstimos enquanto deputado critica falta de clareza e gestão.

11/11/2025 às 12:39
Por: Redação
O deputado estadual João Henrique Catan, do Partido Liberal de Mato Grosso do Sul (PL-MS), apresentou na Assembleia Legislativa estadual emendas e um requerimento ao Projeto de Lei nº 281/2025, que autoriza o governo a tomar um empréstimo de quase um bilhão de reais com o Banco do Brasil, com a garantia da União. Catan enfatizou a necessidade de transparência, controle do legislativo e responsabilidade fiscal, criticando as lacunas presentes no documento enviado pelo governador Eduardo Riedel (PP-MS). Catan destacou que a administração perdeu a capacidade de investir em obras básicas, recorrendo a uma série de empréstimos, como os 430 milhões de reais tomados do BID e os 2,3 bilhões do BNDES, refletindo uma falha de gestão desde que Riedel assumiu o governo. Enviado em regime de urgência, o projeto falha em especificar alocações dos recursos, cronogramas e garantias, descrevendo quase um bilhão de reais simplesmente como mais dívida, sem transparência sobre a aplicação pretendida, segundo o parlamentar. **Proposta de Blindagem dos Recursos** Uma das emendas propostas por Catan visa modificar o projeto para impedir o uso dos fundos em despesas comuns, como folha de pagamento, e garantir que sejam destinados exclusivamente a obras e desenvolvimento, em consonância com a Lei de Responsabilidade Fiscal. **Emenda pela Transparência** A segunda emenda exige que o Executivo encaminhe o contrato completo do empréstimo à Assembleia dentro de 60 dias após a assinatura, além de publicar relatórios trimestrais sobre a execução dos recursos, abrangendo detalhes de investimento e cronogramas. **Requerimento Exigindo Explicações** Além das emendas, Catan protocolou um pedido de documentação completa, incluindo planos de aplicação e pareceres técnicos, antes da votação, destacando recomendações anteriores do Tribunal de Contas para maior clareza nas operações de crédito do governo. Ele criticou a estratégia de novo endividamento combinada com a redução das reservas de contingência e o aumento dos créditos suplementares, argumentando que tal abordagem aumenta o risco de descontrole fiscal. **Impacto e Necessidade de Fiscalização** Catan destacou a tentativa do governo de contrair mais dívidas em meio a um cenário de restrição fiscal e queda de arrecadação, sem oferecer garantias claras para a utilização adequada dos recursos. **Críticas à Gestão Atual** O deputado também mencionou que, em setembro do ano anterior, o governo já havia solicitado 2,3 bilhões de reais ao BNDES, liberando apenas uma pequena fração, agora pedindo mais um bilhão sem transparência sobre o uso dos recursos, uma abordagem que ele classificou como insustentável. A situação, para Catan, reforça a necessidade de estreita vigilância sobre o manejo das dívidas, com a expectativa de que as emendas apresentadas sejam consideradas antes da votação em plenário pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação.

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