
Em um dia marcado por influências dos mercados nacional e global, a bolsa de valores atingiu um novo recorde, aproximando-se dos 149 mil pontos. O dólar também foi destaque, registrando aumento após três dias de queda, fechando próximo a cinco reais e quarenta centavos.
O índice Ibovespa da B3 concluiu a sessão desta quinta-feira (30) em 148.780 pontos, registrando alta de 0,1%. O dia começou com a bolsa em queda, mas ela se recuperou ainda pela manhã, mantendo-se perto da estabilidade até o fechamento do pregão.
Essa recuperação do mercado acionário não foi acompanhada pelo mercado de câmbio. O dólar comercial encerrou o dia sendo vendido a cinco reais e trinta e oito centavos, com uma alta de dois centavos de real (+0,42%). A moeda chegou a alcançar cinco reais e trinta e nove centavos às 10h10, mas reduziu o ritmo de valorização ao longo do dia.
A moeda dos Estados Unidos subiu 1,09% em outubro, mas apresentou queda de 0,21% ao longo da semana. Em 2025, a divisa acumula uma redução de 12,95%.
Fatores internos e externos tiveram impacto no mercado. Externamente, a cautela após declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos), Jerome Powell, impulsionou o dólar globalmente. Depois da reunião de quarta-feira (29), na qual o Fed reduziu os juros básicos nos Estados Unidos em 0,25 ponto percentual, Powell afirmou que não há garantia de novo corte em dezembro.
Juros em alta nas economias desenvolvidas incentivam a retirada de capitais de mercados emergentes, como o Brasil. Essa prudência em relação ao Fed ofuscou o resultado do encontro entre os presidentes Donald Trump, dos Estados Unidos, e Xi Jinping, da China, que culminou em um acordo sobre terras raras.
No Brasil, o resultado do Caged revelou a criação de 213 mil postos formais de trabalho em setembro, influenciando o comportamento do mercado. Apesar de a abertura de vagas ter sido 15,6% menor do que no mesmo mês do ano passado, o resultado foi superior às expectativas dos investidores.
Após a divulgação dos números do Caged, a bolsa perdeu o patamar dos 149 mil pontos. Isso se deve ao fato de que o bom desempenho no mercado de trabalho pode levar o Banco Central (BC) a postergar o início do corte da Taxa Selic, os juros básicos da economia brasileira. Juros mais altos tendem a atrair investidores para a renda fixa, como os títulos do Tesouro Nacional, considerados menos arriscados que a bolsa.
* com informações da Reuters
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