
O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a condenação definitiva da deputada Carla Zambelli (PL-SP) por perseguir, armada, um homem nas ruas de São Paulo em 2022. Isso indica que não há mais possibilidade de recursos e que a pena deve ser cumprida.
Esta se trata da segunda condenação de Zambelli ratificada pelo Supremo. A primeira foi de 10 anos de prisão devido à invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Porém, a deputada se deslocou para a Itália em julho, pouco antes da ordem de prisão.
Atualmente, Zambelli está detida na Itália, aguardando a decisão sobre o pedido de extradição solicitado pelo Brasil. Recentemente, o Ministério Público italiano emitiu um parecer favorável à extradição.
Enquanto já estava detida na Itália, o STF, em agosto, decidiu, por 9 votos a 2, por uma nova condenação contra Zambelli, considerando-a culpada por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal com arma de fogo.
Os delitos ocorreram pouco antes do segundo turno das eleições de 2022, quando Zambelli, armada, perseguiu o jornalista Luan Araújo na rua e dentro de uma lanchonete, local onde ele buscou abrigo.
A perseguição teve início após provocações mútuas entre Zambelli e Luan em um ato político no bairro dos Jardins, em São Paulo.
Durante o processo, a defesa de Zambelli sempre sustentou sua inocência. “A deputada reafirma sua inocência e que é vítima de perseguição política”, declarou o advogado Fábio Pagnozzi após a segunda condenação.
O Supremo também decidiu que Zambelli perderá seu mandato, devido à incompatibilidade do regime fechado inicial de prisão com sua função no Congresso. No entanto, a efetivação dessa decisão aguarda a ação da Mesa Diretora da Câmara.
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