
A economia brasileira registrou um crescimento de 0,1% no terceiro trimestre de 2025 em relação ao trimestre anterior, acumulando um avanço de 2,5% nos últimos 12 meses. Esta informação foi divulgada nesta terça-feira, 18 de novembro, pela Fundação Getulio Vargas (FGV) através do Monitor do PIB, um estudo que mapeia mensalmente o comportamento da economia nacional. Em uma análise específica entre agosto e setembro, a economia apresentou estabilidade, sem variações.
O Monitor do PIB, publicado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, oferece uma estimativa detalhada sobre o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. A pesquisa revela que o estágio atual do PIB anual alcançou 9,370 trilhões de reais. Este estudo considera as informações já desreguladas de variações sazonais, permitindo assim uma comparação eficaz e precisa entre diferentes períodos.
Conforme Juliana Trece, economista coordenadora do estudo, o setor de serviços e o consumo das famílias, que representam componentes importantes no cálculo do PIB, não apresentaram crescimento significativo neste trimestre. Outros elementos da economia também não contribuíram eficazmente para um desenvolvimento econômico mais robusto. Ao analisar os resultados anuais, o consumo das famílias, que tradicionalmente crescia acima de 3% desde 2021, desacelerou substancialmente, com crescimento modesto de apenas 0,2% no terceiro trimestre em comparação com o mesmo período do ano anterior.
“Apesar do desempenho ligeiramente positivo, o consumo de bens registrou queda, tanto nos duráveis quanto nos não duráveis. O setor de serviços experimentou uma desaceleração notável”, assinala o relatório.
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que mede a potencialidade produtiva da economia, caiu 0,4% dentro da mesma comparação anual. Este declínio, o primeiro desde janeiro de 2023, deve-se em grande parte ao fraco desempenho do setor de máquinas e equipamentos. De contrapartida, as exportações subiram 7% entre os períodos anuais analisados, com incremento significativo na indústria extrativa, que foi responsável por 44% do crescimento total das exportações.
Além do Monitor do PIB, outro importante indicador da economia é o índice de atividade econômica do Banco Central (IBC-BR), que relatou uma retração de 0,2% de agosto para setembro e de 0,9% no terceiro trimestre em relação ao segundo. No acumulado de 12 meses, o IBC-BR evidenciou uma expansão de 3%.
O Banco Central observou diminuição nas atividades econômicas, reforçando as conclusões apresentadas pela FGV.
O resultado oficial do PIB é tradicionalmente divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a cada trimestre. A próxima publicação, que trará dados do terceiro trimestre de 2025, está programada para 4 de dezembro.