Preço da cesta de Natal sobe 4,5%, abaixo da inflação de 2024

O preço da cesta de Natal em 2025 deverá registrar um aumento de 4,53%, segundo dados preliminares do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), divulgados na terça-feira, 18 de novembro, pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE). No ano anterior, a inflação para o mesmo conjunto de itens alcançou 9,16%.

Composta por produtos tradicionais como peru, lombo de porco, atum sólido, e macarrão espaguete, a cesta de Natal também inclui bombons, panetone com frutas cristalizadas, vinho tinto, champagne, sucos de néctar de laranja e morango, molho de tomate, azeitonas verdes, palmito, queijo ralado e azeite de oliva extra-virgem.

Variação de preços

A lista de produtos mostrou incrementos generalizados, exceto para o azeite de oliva, que teve uma redução de 23,06% em seu valor. O preço do quilo de peru teve a maior alta, com 13,62%, seguido pela azeitona, que aumentou 12,53%, e a caixa de bombom, com subida de 10,81%.

“A mensagem principal que este estudo passa, ano após ano, é que os números reforçam a importância do planejamento antecipado para economizar nas festas de fim de ano”, destacou o coordenador do IPC-FIPE, Guilherme Moreira.

Outros produtos, tradicionalmente consumidos nas celebrações de Natal e não incluídos na cesta padrão, também foram avaliados. O tipo de ave conhecido como chester teve acréscimo de 13,85%, enquanto o filé mignon subiu 9,70%. Em contrapartida, pêssegos de feira e sorvete registraram quedas de 6,85% e 6,99%, respectivamente.

Revisão econômica e previsões futuras

Essa variação nos preços está em linha com a revisão das previsões de inflação para 2025, que foram ajustadas para 4,46%, abaixo do teto da meta estipulada para o ano. O cenário econômico reflete a cautela em relação à recuperação do mercado interno, com a economia mostrando crescimento tímido, como estimado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que projetou expansão de 0,1% no terceiro trimestre.

Especialistas destacam a urgência no controle da inflação para garantir estabilidade econômica e fomentar o poder de compra dos consumidores.

No panorama do consumo durante as festividades, o planejamento financeiro ganha relevância, sendo incentivado por analistas como estratégia eficiente para minimizar os impactos do aumento nos preços e maximizar o aproveitamento dos momentos de celebração com economia.